Filha de Bolsonaro sem vacina? Ex-presidente pode responder por novo crime

O ex-presidente Jair Bolsonaro pode enfrentar novas acusações judiciais devido a alegações de que sua filha mais nova, Laura, de 12 anos, não foi vacinada contra a Covid-19. O deputado Fabio Felix (PSOL-DF) apresentou um pedido ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) solicitando que Bolsonaro seja responsabilizado.

Felix alega que o ex-mandatário descumpriu o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e solicitou que a Promotoria de Justiça de Defesa da Infância e da Juventude analisasse a questão. O ECA prevê penalidades financeiras para quem violar os deveres do poder familiar, da tutela ou da guarda.

Há suspeitas de que os registros de vacinação de Laura foram manipulados para permitir sua entrada nos Estados Unidos junto com seu pai. Recentemente, a Polícia Federal (PF) lançou uma operação para investigar um grupo suspeito de inserir informações falsas de vacinação no sistema do Ministério da Saúde.

A PF descobriu registros no sistema do Ministério da Saúde que indicavam que Laura havia sido vacinada com duas doses da vacina Pfizer em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. No entanto, a PF não encontrou provas de que Laura estivesse no Rio de Janeiro nas datas em que teria recebido as vacinas ou que tenha ido a Duque de Caxias para ser vacinada.

Curiosamente, os registros da garota foram removidos do sistema do Ministério da Saúde pouco antes de Bolsonaro viajar com sua filha e esposa, Michelle, para os Estados Unidos.

A defesa de Bolsonaro argumenta que Laura não recebeu a vacina devido a “comorbidades preexistentes” e que a situação foi “sempre e devidamente atestada por médicos”.