Adoção ilegal: Mãe recebe R$100 para levar criança até ponto de entrega em Santa Catarina

Em um desdobramento surpreendente no caso do menino desaparecido de Santa Catarina, a Polícia Civil acredita que a mãe da criança possa ter recebido uma quantia de R$ 100 para conduzir seu filho até um ponto de entrega. O pagamento, segundo as investigações, teria sido realizado pela esposa de Marcelo Valverde Valezi, apontado como o intermediário na suposta rede de adoção ilegal.

A criança, um menino de dois anos, que desapareceu misteriosamente de Santa Catarina, foi localizado em São Paulo no dia 8 deste mês. Ele estava em um veículo com Marcelo e uma mulher identificada como Roberta Porfírio. Ambos foram detidos em flagrante, sob a acusação de tráfico de pessoas.

Ulisses Gabriel, delegado-geral da Polícia Civil, revelou que a investigação foi ampliada e agora envolve mais duas pessoas, supostamente destinadas a serem os guardiões finais da criança. A linha de investigação considera que a mãe do menino possa ter sido coagida a entregar o filho.

A mãe do menino, uma mulher de 22 anos, supostamente encontrou Marcelo em um grupo de discussão sobre gravidez em uma plataforma de mídia social. A partir daí, acredita-se que Marcelo tenha começado a pressionar a jovem mãe a entregar seu filho.

A Polícia Civil solicitou a quebra do sigilo bancário de outros suspeitos para verificar se houve mais transações monetárias associadas a este caso. A possibilidade de a mãe ter recebido uma compensação financeira adicional além dos R$ 100 atribuídos a Valezi ainda não foi descartada.

Enquanto a investigação continua, o menino está sob a tutela do Conselho Tutelar e a mãe está sob investigação.