No mais recente capítulo da Operação Penalidade Máxima, que investiga a manipulação de resultados em jogos do futebol brasileiro para favorecer apostadores, os atletas envolvidos surpreenderam ao afirmar que seu envolvimento no escândalo ocorria com desconhecimento ou mesmo por fingimento, a fim de evitar violência. Os depoimentos em vídeo, revelaram uma perspectiva intrigante sobre o caso, trazendo à tona questionamentos sobre a veracidade das alegações e a profundidade das conexões entre jogadores e apostadores.
Entre os jogadores que afirmaram ter fingido participar do esquema está o volante Fernando Neto, ex-Vitória, que revelou ter mantido uma conversa com o promotor Fernando Cesconetto, do Ministério Público de Goiás. Segundo Neto, ele apenas fingiu ajudar os apostadores, mas na realidade não estava envolvido de fato.
Outro jogador que admitiu ter fingido participação no esquema é Denner Barbosa, que possui contatos no futebol goiano. Embora ainda não tenham sido divulgados detalhes sobre a extensão de seu envolvimento, Barbosa afirmou que não estava realmente envolvido e agiu apenas para evitar possíveis consequências violentas. Essas declarações podem causar um impacto significativo nas investigações em andamento, uma vez que jogadores com conexões no meio esportivo goiano estão no centro das atenções.
Além disso, o lateral Moraes, então jogador do Juventude, revelou em seu depoimento que não estava sequer ciente da necessidade de tomar um cartão durante uma partida. Segundo ele, após uma jogada específica, acabou levando um cartão e foi abordado pelo promotor Cesconetto após o jogo. Sua alegação de falta de memória sobre o incidente lança luz sobre o quão profundamente alguns jogadores podem estar envolvidos nesse complexo esquema de manipulação de resultados, ou mesmo se estão sendo usados como peões nesse jogo sujo.
A Operação Penalidade Máxima já havia abalado o futebol brasileiro, revelando um lado sombrio do esporte mais popular do país. Agora, com as alegações dos jogadores envolvidos de que fingiam participar do esquema, a história toma um rumo ainda mais complexo. Cabe às autoridades competentes, em conjunto com os órgãos responsáveis pela investigação, examinar essas declarações e buscar evidências que corroborem ou contradigam os relatos apresentados.