O Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase comprometido pela falta de acesso a áreas remotas e desinformação, finalmente alcançou sucesso. Com a colaboração do Ministério do Planejamento, o IBGE incluiu cerca de 16 milhões de brasileiros no Censo, graças a uma série de mutirões de última hora.
O Brasil, em sua vastidão territorial e diversidade cultural, sempre representou um desafio gigantesco quando se trata do censo demográfico. Porém, a edição de 2022 superou todas as expectativas. Depois de meses de luta contra dificuldades de acesso a regiões remotas e contra a resistência causada por notícias falsas, a situação foi revertida. E a história do nosso Censo 2022 se transformou de um quase fracasso em um triunfo da resiliência e da determinação.
Mutirões salvam o dia e o censo
Foram três os mutirões realizados pelo IBGE e pelo Ministério do Planejamento ao longo dos últimos três meses, que juntos incluíram 15,9 milhões de brasileiros no censo. Esta população, que de outra forma seria ignorada, é quase equivalente à de um estado do Rio de Janeiro.
O primeiro dos esforços focou na Terra Indígena Yanomami, onde habitantes nunca tinham sido recenseados antes. Esta operação, por si só, destacou a intenção do Brasil de garantir que todas as vozes sejam ouvidas e que ninguém seja deixado para trás.
Os mutirões seguintes focaram em ambientes bastante diferentes, mas ambos com resistência à presença de recenseadores: as favelas e os condomínios de luxo. O contraste dessas duas realidades socioeconômicas destaca a amplitude dos desafios enfrentados na realização do censo.
A importância do recenseamento
Conforme ressaltou João Villaverde, assessor especial do Ministério do Planejamento, “Nesta semana, vamos deixar para trás informações de 13 anos atrás, do Censo de 2010. Para formular políticas públicas, conhecer as demandas da população e atuar em emergências, precisamos de informações atualizadas. O recenseamento é essencial para conhecer quem somos, quantos somos e como somos hoje. Não como éramos”.
A história do Censo 2022 é um lembrete de que, em meio à adversidade, o Brasil é capaz de superar obstáculos significativos para garantir um futuro mais informado e justo para todos os seus cidadãos. É um triunfo da determinação, resiliência e, acima de tudo, da inclusão.
As ações do IBGE e do Ministério do Planejamento refletem a necessidade de garantir que o censo brasileiro seja o mais completo e preciso possível, enfatizando a importância deste exercício demográfico para a formulação de políticas públicas eficazes e inclusivas.