Daniel Moraes Bittar, um analista de TI de 42 anos, foi preso sob a acusação de sequestrar, dopar e abusar sexualmente de uma menina de 12 anos no Distrito Federal. O que torna o caso ainda mais perturbador é que Bittar, um servidor do BRB (Banco de Brasília), havia endossado campanhas contra a pedofilia nas redes sociais semanas antes de sua prisão.
Segundo a Polícia Militar, Bittar é suspeito de raptar a criança no entorno do Distrito Federal e levá-la para seu apartamento na Asa Norte, em Brasília. Ele foi preso em flagrante na noite de quarta-feira (28). A vítima foi encontrada seminua, com diversas escoriações pelo corpo e algemada pelos pés.
A menina relatou que Daniel usou uma faca para rendê-la e que uma mulher teria colocado um pano com uma substância para dopá-la. A polícia suspeita que Bittar tenha gravado o abuso. Os equipamentos eletrônicos foram apreendidos e passarão por perícia.
Nas redes sociais, Bittar publicava textos autorais, muitos deles com a temática da infância. Em uma postagem de outubro de 2022, ele compartilhou uma imagem com referência e crítica a uma fala dita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Outra postagem trazia uma foto de um broche da campanha “Faça Bonito”, de Mobilização de Combate à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. O símbolo é uma flor amarela e o slogan é “Faça bonito, proteja nossas crianças e adolescentes”.
Após a prisão e a repercussão do caso, Bittar foi demitido do BRB. A instituição confirmou a demissão. No LinkedIn, ele informava que atuava há oito anos no banco como analista de TI.
O caso agora está sendo investigado pela 2ª Delegacia de Polícia, na Área Central de Brasília. Inicialmente, Bittar responderá por sequestro, estupro de vulnerável e pedofilia. Se somadas, as penas podem chegar a 28 anos.