O mercado de produtos à base de cannabis no Brasil tem testemunhado uma expansão significativa, registrando um aumento impressionante de 93% em importações nos últimos 12 meses, conforme os últimos dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Este crescimento não é apenas um reflexo da globalização ou da evolução da indústria farmacêutica. Trata-se de uma tendência que ressoa com a crescente conscientização sobre os benefícios potenciais da planta cannabis. Para muitos, a palavra ‘cannabis’ pode trazer à mente imagens de uso recreativo e festas. No entanto, além do estigma cultural e das representações da mídia, a cannabis, conhecida popularmente como maconha, tem sido redescoberta em suas propriedades medicinais.
De acordo com informações fornecidas pelo G1, essa mudança no padrão de importações ocorre em um momento onde o mundo está redescobrindo os princípios ativos desta planta. E não estamos falando apenas de alívio da dor. Estes princípios têm demonstrado promessa no tratamento de uma variedade de condições, desde doenças neurológicas, como a epilepsia e o Parkinson, até questões de saúde mental, como ansiedade e depressão.
Desde 2015, a Anvisa reconhece e autoriza a importação de produtos derivados da cannabis para fins terapêuticos. Entre as opções mais buscadas por pacientes e profissionais de saúde estão os óleos, pomadas, extratos e medicamentos especializados. Vale destacar, no entanto, que, apesar da abertura para o uso medicinal, o uso recreativo da cannabis ainda é considerado ilegal em território brasileiro.
Por que o interesse crescente? À medida que mais pesquisas são realizadas, torna-se evidente que os produtos à base de cannabis oferecem soluções alternativas e, muitas vezes, mais eficazes para pacientes que buscam alívio de suas condições.