Brasil ocupa 2º lugar em jovens que não estudam e nem trabalham

Entenda por que o Brasil ocupa o 2º lugar mundial em jovens que não estudam nem trabalham.

EMPREGO / DESEMPREGO / CAGEDNa foto: Carteira de trabalhoFoto: Marcos Santos/USP Imagens

Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado um desafio crescente com a chamada “geração nem-nem”, jovens que não trabalham e não estudam. Segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) de 2022, o país ocupa o segundo lugar mundial nesse cenário preocupante, atrás apenas da África do Sul.

A expressão “geração nem-nem” ganhou destaque ao retratar jovens que enfrentam dificuldades para se inserir no mercado de trabalho e prosseguir com seus estudos. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que 73% dessa geração é composta por mulheres, muitas delas impactadas pela gravidez precoce, um dos principais motivos dessa situação.

O Brasil também enfrenta um cenário de desocupação, com cerca de 3 milhões de pessoas buscando emprego por mais de dois anos. Além disso, aproximadamente 5 milhões de indivíduos estão desalentados, ou seja, desistiram de procurar emprego. O Ipea destaca que metade desse grupo não completou o ensino fundamental e 25% estão na faixa etária de 18 a 24 anos.

Essa realidade levanta questionamentos sobre as políticas públicas de educação, trabalho e saúde voltadas para a juventude. Para enfrentar esse desafio, é essencial uma abordagem abrangente que inclua programas de incentivo à educação continuada, suporte à inserção no mercado de trabalho e medidas de prevenção da gravidez precoce.

A conscientização sobre a importância da formação educacional e do planejamento familiar se torna crucial para que o Brasil possa reverter essa tendência e oferecer um futuro mais promissor para sua juventude.