No mais recente desenvolvimento da ‘Operação Penalidade Máxima’, o ex-atacante do Coritiba, Alef Manga, prestou um depoimento ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). As revelações feitas por Manga, envolvendo manipulação de cartões amarelos mediante pagamento, lançaram luz sobre um esquema sombrio que afetou o decorrer de jogos no Campeonato Brasileiro de 2022.
Manipulação de cartão amarelo e o esquema descoberto
Alef Manga confessou abertamente em seu depoimento ter aceitado dinheiro para receber um cartão amarelo em uma partida contra o América-MG. Segundo seu testemunho, seu ex-colega de equipe, Diego Porfírio, foi quem intermediou todo o processo. No depoimento, Manga descreveu como Porfírio o abordou e, após alguma resistência, o convenceu a aceitar a oferta. O dinheiro seria depositado após o jogo, mas houve atraso no pagamento, o que levou Manga a buscar o contato dos apostadores para esclarecimentos.
Entretanto, as ações não se limitaram a esse incidente isolado. Manga revelou que foi pressionado a receber outro cartão amarelo, desta vez no jogo contra o Corinthians, com a promessa de que o valor seria duplicado. Ele admitiu que inicialmente concordou, mas posteriormente recuou devido ao remorso pelo que havia feito. Manga também mencionou que Porfírio incentivava a participação de mais jogadores no esquema, com base na comissão que ele próprio recebia.
Perspectivas futuras
O advogado de Alef Manga, Levir Leonardo, salientou que a confissão do jogador é um passo positivo em direção à verdade e à responsabilização. Ele alegou que, apesar das acusações e investigações em andamento, Manga deve ser autorizado a continuar sua carreira esportiva.
“Acho que foi muito importante o Alef entender que ele deveria confessar o próprio ato e esclarecer para o tribunal, para a sociedade e para a imprensa o que de fato ocorreu. Ele deixou claro ali quem foi que intermediou, quanto recebeu”, disse
“Agora é aguardar o final dos depoimentos sigilosos e defender a posição de que o cartão amarelo, ainda que grave, não justifica uma reprimenda superior prevista no código. Assim que a defesa vai se posicionar”, continuou.
Combate à manipulação
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), em colaboração com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o Ministério Público de Goiás, continua a investigar e combater ativamente a manipulação no futebol.
As informações reveladas por Alef Manga podem servir como peças-chave para identificar outros possíveis envolvidos e desmantelar o esquema de manipulação. O caso segue em curso.