Brasil lidera em ataques cibernéticos na América Latina

Relatório FortiGuard Labs aponta Brasil como principal alvo na América Latina, com 23 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos.

Em um mundo cada vez mais digitalizado, a segurança cibernética nunca foi tão discutida e necessária. E quando falamos de América Latina, o Brasil destaca-se de forma não tão honrosa: liderando o ranking de tentativas de ataques cibernéticos no primeiro semestre de 2023, conforme relatório recente do FortiGuard Labs.

Derek Manky, uma mente por trás da estratégia de segurança e vice-presidente de Inteligência Global contra ameaças do FortiGuard Labs, ressalta que enfrentar o cibercrime é uma tarefa global. Exige a união dos setores público e privado e, principalmente, investimento em tecnologias baseadas em inteligência artificial.

Mas quais são as principais ameaças que as empresas e indivíduos brasileiros precisam ficar atentos? Descubra agora:

  1. Ransomware:
    • Os últimos anos mostraram um aumento significativo nas variantes de ransomware, com muitos criminosos optando pelo Ransomware como Serviço (RaaS). Surpreendentemente, 2023 trouxe uma diminuição nas detecções de ransomware. Mas não é hora de baixar a guarda. A tendência mostra que os cibercriminosos estão sendo mais seletivos e almejando alvos específicos, buscando maximizar o retorno sobre cada ataque.
  2. Exploits:
    • Com um impressionante aumento de 68% em relação a cinco anos atrás, foram detectadas mais de dez mil vulnerabilidades exclusivas só na primeira metade de 2023. Isso indica a velocidade e a variedade de ataques maliciosos que as empresas e os cidadãos enfrentam diariamente.
  3. Wipers:
    • Originários dos conflitos entre Rússia e Ucrânia, os wipers, malwares de limpeza de dados, estão se espalhando rapidamente. Empresas dos setores de tecnologia, manufatura, governo, telecomunicações e saúde são as mais visadas.
  4. Botnets:
    • Notou-se um preocupante aumento no tempo de permanência de botnets, com média de 83 dias, uma escalada assustadora em comparação com cinco anos atrás. Quanto mais tempo esses botnets persistem em uma rede, mais danos podem causar, elevando os riscos empresariais.

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