Na noite de sexta-feira (18), uma reviravolta no caso que chocou a Região Metropolitana de Salvador (RMS). Gabriela, mãe do bebê de oito meses que foi levado ao hospital com indícios de abuso sexual e faleceu no último sábado (12) em Madre de Deus, foi detida pelas autoridades. A prisão ocorreu após Gabriela ser hospitalizada com quadro de hipoglicemia na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Brotas. Posteriormente, ela foi transferida para o Hospital 2 de Julho, antes conhecido como Hospital Espanhol.
De acordo com fontes da Polícia Civil, existiam evidências de que Gabriela estava ciente dos abusos que o menino sofria por parte de seu companheiro, Milton José dos Santos Júnior, padrasto da vítima. O homem, de 22 anos, já se encontra sob custódia, tendo sido preso em flagrante pelas acusações.
Vídeos que circulam na internet mostram o momento em que Gabriela é transferida entre unidades de saúde. Nas gravações, é possível identificar vozes indignadas, acusando-a. Uma dessas vozes é identificada como da avó paterna da criança. Após o incidente, a residência de Gabriela em São Francisco do Conde foi alvo de vandalismo por parte de populares.
Investigação em andamento:
A Polícia Civil prossegue com as investigações, baseando-se em depoimentos de indivíduos próximos ao casal e evidências apresentadas. Em um dos depoimentos, uma testemunha apresentou áudios datados do dia 9, apenas três dias antes da trágica morte do menino. Segundo o delegado Itallo Melo, titular da 21ª Delegacia Territorial (DT/ São Francisco do Conde), esses áudios são cruciais. “É impossível não associar a genitora ao contexto do crime”, disse o delegado em entrevista à Record TV Itapoan.