Jovem é detido suspeito reter e divulgar vídeos de abuso contra menores

Em uma recente operação conduzida pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) do Distrito Federal, um jovem de 18 anos foi detido sob acusações graves. Segundo relatos do Metrópoles, o suspeito é acusado de reter e divulgar imagens e vídeos de abuso sexual de menores, além de induzir suas vítimas à prática de automutilação e suicídio.

O operativo, denominado Operação Glaslighting, revelou que o suspeito mantinha relações virtuais controladoras com pelo menos 15 adolescentes, cujas idades variam entre 15 e 17 anos. As evidências apontam que ele exigia que essas vítimas o chamassem de “mestre”, além de coagi-las a gravar vídeos íntimos e de automutilação, incluindo marcar seus corpos com palavras usando uma navalha.

Surpreendentemente, o jovem suspeito, aluno do curso de áudio e vídeo do Instituto Federal de Brasília (IFB), possuía um canal no YouTube focado em temas como depressão e autoajuda. Esse canal, que contava com aproximadamente 4 mil inscritos, servia como ferramenta para que ele estabelecesse confiança com suas vítimas. Posteriormente, de acordo com declarações do delegado Tell Marzal, o jovem solicitava imagens íntimas e começava a coagir as adolescentes de forma sexual.

As investigações também descobriram que o suspeito utilizava a rede de computadores do IFB para a distribuição do material de abuso. Essa estratégia tinha como objetivo ocultar sua identidade ao aproveitar-se do endereço IP público do instituto. Durante a inspeção domiciliar, a polícia encontrou provas concretas de armazenamento de material pornográfico infanto-juvenil, produzido com seus próprios equipamentos e os da instituição acadêmica. A família do suspeito, até então alheia à situação, descreveu-o como uma pessoa introspectiva, dedicada ao uso prolongado da internet.

Caso seja julgado e condenado, o suspeito pode enfrentar até 17 anos de detenção por várias acusações, incluindo registro não autorizado da intimidade sexual, armazenamento de pornografia infantil, incentivo à automutilação e ao suicídio, e estupro virtual.