A atriz pornô Márcia Imperator contou ao site "Sou mais eu" sua experiência com o mercado da pornografia e como a profissão não tradicional permitiu que ela criasse as três filhas. Márcia começou a fazer filmes adultos em 2001 e desde o começo foi honesta com a família, recebendo apoio do pai e da mãe. "Encarei aquilo como uma oportunidade de sair do sufoco e dar às minhas três filhas uma condição melhor de vida do que eu tinha tido na infância, trabalhando na roça e passando necessidade", diz a atriz no depoimento.
Márcia cresceu no interior de Santa Catarina, ajudando os pais na lavoura. Ela se casou com um trabalhador rural com quem teve três filhas, mas o relacionamento chegou ao fim quando ela tinha 21 anos. Ela então passou a morar sozinha com as garotas em Florianópolis, fazendo vários trabalhos para se sustentar, como faxineira, ajudante de cozinha e empregada doméstica. "Só que, por mais que eu me desdobrasse, o dinheiro nunca era suficiente", relata.
Em 1999, depois de um relacionamento com um homem possessivo, Márcia se mudou para São Paulo, para a casa de uma amiga. Essa amiga conseguiu algumas "pontas" para ela em programas de auditório. Depois, ela recebeu convite para o quadro "Teste de Fidelidade" de João Kléber, na Rede TV!. "Me divertia gravando o quadro e, aos poucos, fui ficando conhecida. Só que, quando chegava o pagamento, era uma tristeza só: cerca de R$ 1.000 por mês. Quando completei um ano no programa, fiquei muito conhecida e não podia mais fazer o quadro. Por isso, fui dispensada", lembra.
Márcia passou a fazer shows de strip tease e eventualmente foi convidade para fazer um pornô. A proposta de R$ 30 mil atraiu e ela conversou com o pais, que a apoiaram. Ela também conversou com as filhas, então com idades de 7 a 11 anos. "Elas não entendiam muito bem a situação, mas percebiam que o que eu estava fazendo era pelo bem delas".
O namorado da época também apoiou Márcia, mas quando o filme ia ser lançado ele acabou não segurando a pressão e os dois terminaram. Os convites continuaram chegando. A vida profissional da mãe não atrapalhava as filhas, relata Márcia. "No colégio, elas nunca foram desrespeitadas pelos coleguinhas nem sofreram desaforo. Simplesmente sabiam que o que eu fazia era honesto e digno como qualquer outro serviço, e que era para o bem delas", disse.
Leia o relato completo no site Sou mais Eu.