Pela segunda vez na história, médicos nos Estados Unidos realizaram o transplante de um coração de porco em um ser humano, ampliando as possibilidades de tratamento para pacientes com insuficiência cardíaca. O procedimento, que ocorreu na Universidade de Medicina de Maryland, foi considerado um sucesso pela equipe médica envolvida.
O paciente, um homem de 58 anos, sofria de insuficiência cardíaca, mas não se qualificava para um transplante de coração humano devido a outras complicações de saúde. Segundo os médicos, a resposta inicial ao novo órgão é positiva e o paciente já consegue realizar atividades básicas como sentar em uma cadeira e até fazer piadas.
Dr. Bartley Griffith, o cirurgião responsável pelo procedimento, destacou a pressão e o privilégio de ser parte deste avanço na ciência médica. O coração transplantado não é um órgão comum de porco: ele passou por 10 modificações genéticas para torná-lo compatível com o sistema imunológico humano.
O desenvolvimento de técnicas de edição genética possibilitou a eliminação de genes específicos do porco e a incorporação de genes humanos. Com isso, a aceitabilidade do órgão pelo sistema imunológico do paciente aumentou, minimizando os riscos de rejeição.
Embora as próximas semanas sejam cruciais para confirmar o sucesso da operação, os resultados iniciais indicam um novo horizonte para transplantes.