O Partido Democrático Trabalhista (PDT) do Ceará está em processo de avaliação para a possível expulsão do vereador Eúde Lucas, representante de Jucás (CE). A medida foi sugerida após o vereador mencionar que crianças com autismo deveriam ser tratadas com “peia” e “chibatada”.
O pedido de expulsão foi feito pelos deputados federais Josenildo Abrantes (AP) e Léo Prates (BA), que são membros do mesmo partido. Durante sessão no plenário da Câmara dos Deputados, Josenildo Abrantes expressou sua indignação: “Essa Casa não pode se calar em relação à fala do vereador Eúde Lucas”. Ele afirmou ainda que, ao saber das declarações, solicitou a expulsão do vereador.
A executiva nacional do PDT tem um prazo de 30 dias para concluir a análise sobre o caso e tomar uma decisão final.
Contexto da declaração
Eúde Lucas fez o comentário polêmico durante uma sessão legislativa na Câmara de Jucás, enquanto discutia o recente diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) da atriz Letícia Sabatella. O vereador disse: “Eu digo ‘eu era autista’, só que meu pai tirou o autista na peia. Naquele tempo tirava autista era na chibata, porque era um menino meio traquina”.
Reação do vereador e Ministério Público
Após a repercussão negativa, o vereador Eúde Lucas afirmou que sua fala foi retirada de contexto e pediu desculpas por “ter se expressado de forma equivocada”. Ele disse que suas palavras foram baseadas em sua própria experiência e na falta de diagnóstico adequado em sua infância.
O Ministério Público do Ceará (MP-CE) também entrou em cena, anunciando que irá solicitar reparação por “discurso discriminatório” contra o vereador.