Ministro Alexandre de Moraes sugere pena de 17 anos para réus envolvidos na depredação de edifícios públicos no 8 de janeiro

STF inicia julgamento de mais seis envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro

O Supremo Tribunal Federal (STF) deu início ao julgamento de mais seis pessoas denunciadas por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro deste ano. Os réus, que foram detidos em flagrante dentro do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto, estão sendo considerados para penas de até 17 anos de prisão, conforme voto do Ministro Alexandre de Moraes.

Detalhes do julgamento

O julgamento está ocorrendo no Plenário virtual do STF e tem previsão para ser concluído no dia 16 de outubro. Além de Moraes, outros ministros poderão depositar seus votos, solicitar mais tempo para análise e até transferir o caso para o plenário físico. Ministro André Mendonça já adotou tal procedimento em outras ações penais relacionadas.

Evidências contra os réus

As acusações baseiam-se em uma série de imagens e vídeos encontrados nos celulares dos acusados. Esses registros mostram os réus transitando pela Praça dos Três Poderes durante os atos golpistas, com registros e frases sobre a tentativa de subversão da ordem democrática. Eles respondem por diversos crimes, incluindo associação criminosa armada e golpe de Estado.

Perfis dos novos réus

Reginaldo Carlos Begiato Garcia, preso dentro do Congresso Nacional, poderá enfrentar uma pena de 17 anos de prisão. Em seu interrogatório, alegou que “foi apenas manifestar seu descontentamento”.

Jorge Ferreira, detido no Palácio do Planalto, está sujeito a uma pena de 14 anos. Disse à Justiça que foi até o local “porque queria conhecer”.

Cláudio Augusto Felippe, também preso no Planalto, poderá pegar 17 anos. Alegou que foi à Brasília a turismo.

Jaqueline Freitas Giménez, presa no mesmo local, também pode ser condenada a 17 anos. Disse que estava em Brasília para “se manifestar de forma pacífica”.

Marcelo Lopes do Carmo, preso no Planalto, está sujeito a 17 anos de prisão. Ele alegou que estava apenas manifestando seu “descontentamento”.

Edinéia Pães da Silva dos Santos, também presa no Planalto, pode pegar 17 anos. Alegou que foi para “manifestar pela democracia”.