A brasileira Sabrina Cherman, de 22 anos, estava a menos de um mês de sua saída do exército israelense quando foi surpreendida pela convocação para a reserva. O novo conflito entre Israel e Hamas, iniciado no último sábado (7), levou as Forças Armadas de Israel a convocar 360 mil reservistas, incluindo Sabrina.
Nascida em Minas Gerais e parte de uma família carioca, Sabrina mudou-se para Israel aos 14 anos para concluir seu ensino médio. Depois de terminar os estudos, ela ingressou no exército israelense e serviu por três anos. A jovem será designada para a base onde serviu durante esse período, situada entre o Egito e a Faixa de Gaza.
Preparada para “Viver e morrer por Israel”
“Em Israel, as mulheres só vão para a frente de batalha em último caso, mas eu já fui combatente. Isso é o de menos. Estou pronta para viver e morrer por Israel”, afirmou Sabrina.
O local é conhecido por ser um ponto de entrada para suprimentos destinados aos 2,1 milhões de habitantes da Faixa de Gaza.
Local de atuação perigoso
Sabrina destaca o risco inerente ao seu local de serviço. Neste ano, um atentado terrorista do Egito resultou na morte de três soldados na base.
“Um dos meus maiores medos é o que pode acontecer com meus amigos. Um amigo se apresentou hoje e é difícil dizer adeus, pensando que pode ser a última vez”, disse ela.
Crítica à cobertura da imprensa
A brasileira também criticou a forma como o exército de Israel é representado em redes sociais e na mídia. Segundo ela, os soldados israelenses seguem protocolos rigorosos ao lidar com inimigos capturados, oferecendo água, comida e atendimento médico.
“O exército de Israel é um dos mais fortes do mundo. Ninguém esperava um ataque nessa magnitude, ainda mais em um shabbat, quando as pessoas estão com suas famílias”, concluiu.