Os preços do petróleo dispararam na manhã desta sexta-feira, registrando um aumento de mais de 4%. O cenário se agrava com a intensificação do conflito entre Israel e o grupo Hamas na Faixa de Gaza. Os investidores estão cada vez mais preocupados com a possibilidade de um sério impacto no abastecimento global de petróleo.
Ameaça de incursão terrestre
Por volta das 10 horas desta sexta-feira (horário de Brasília), o petróleo WTI, padrão para o mercado americano, mostrava um avanço semanal de cerca de 3%. Os contratos futuros subiam 4,6%, chegando a US$ 86,6 o barril. Já os contratos futuros de petróleo Brent, referência internacional, tinham alta de 4,2%, com o valor de US$ 89,5 o barril.
Segundo informações do Portal ChicoSabeTudo, o conflito entre Israel e Hamas pode entrar em um novo patamar nas próximas horas. As tropas israelenses podem realizar uma incursão terrestre em Gaza, o que aumentaria ainda mais a instabilidade na região.
Previsões econômicas
O cenário econômico global também está em risco. Pierre-Olivier Gourinchas, economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), afirmou há dois dias que a guerra no Oriente Médio tem potencial para fazer os preços do petróleo dispararem. Uma alta de 10% nos preços poderia reduzir o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial em 0,15 ponto percentual e aumentar a inflação em 0,4%.
Na quinta-feira, a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, classificou a guerra no Oriente Médio como “uma nova nuvem no horizonte não muito ensolarado para a economia mundial”.
Flutuações anteriores
No início da semana, 48 horas após os ataques do Hamas contra Israel, os preços do petróleo já haviam registrado uma forte alta. Nos dias subsequentes, entretanto, houve uma retração nos valores, que agora voltam a subir, indicando um mercado altamente volátil.
O mundo está atento ao desenvolvimento deste conflito e seu impacto no cenário econômico global, especialmente no setor de petróleo, que enfrenta um momento de alta tensão e incertezas.