Manaus, Amazonas – A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou nesta segunda-feira (16) a liberação de R$ 225 milhões para fortalecer o sistema de saúde no Amazonas. O estado enfrenta uma estiagem severa que tem impactado a vida da população e os recursos de saúde. Do montante anunciado, R$ 102,3 milhões serão enviados em parcela única, enquanto R$ 122,7 milhões serão acrescidos ao teto de média e alta complexidade da região.
Segundo informações do Portal ChicoSabeTudo, Nísia explicou que a alocação de recursos não foi uma decisão tomada de forma unilateral, mas o resultado de um diagnóstico técnico. “Trabalhamos em conjunto com a associação municipal, prefeituras e o Conselho de Secretários Municipais de Saúde para identificar as áreas mais necessitadas”, afirmou a ministra.
Foco na atenção primária
Os municípios de Lábrea, Tabatinga e São Gabriel da Cachoeira foram identificados como os mais necessitados e receberão reforços financeiros especificamente para a atenção primária à saúde. A medida tem como objetivo aliviar a pressão sobre os sistemas de saúde locais, que têm enfrentado dificuldades devido à estiagem.
Planos de longo prazo
Além dos recursos imediatos, a ministra salientou que estão em desenvolvimento ações de longo prazo. “Estamos caminhando para soluções estruturantes, aprimorando mecanismos e buscando as melhores soluções tanto para a atenção primária quanto para média e alta complexidade”, disse Nísia.
Saúde indígena
Na última semana, o Ministério da Saúde enviou sete kits calamidade ao Amazonas. Esses kits contêm medicamentos e insumos suficientes para atender 10,5 mil pessoas por até um mês. Além disso, 71,5 mil unidades de medicamentos para intubação orotraqueal foram encaminhadas à região. A situação da saúde indígena também foi destacada pela ministra, que afirmou que a pasta trabalhará para superar os desafios específicos dessa população.
Recomendações à população
O Ministério da Saúde divulgou uma série de recomendações para a população do Amazonas e de outras cidades da Região Norte afetadas pela fumaça e pelo calor, incluindo medidas como evitar ficar próximo a áreas de queimada e aumentar a ingestão de água.