Em uma operação deflagrada nesta sexta-feira (20), a Polícia Federal (PF) investiga um esquema de rastreamento ilegal de celulares supostamente executado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). A ação da PF já resultou na prisão de dois servidores da Abin e no cumprimento de 25 mandados de busca e apreensão em estados como São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.
Sistema israelense de geolocalização
Segundo informações do jornal O Globo, um sistema de geolocalização de origem israelense teria sido utilizado pelo governo Bolsonaro com fins eleitorais. Os alvos da espionagem realizada pela Abin incluíam jornalistas, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e adversários políticos. O sistema teria rastreado ilegalmente até 10 mil aparelhos celulares sem a autorização do Poder Judiciário.
Ação da Polícia Federal
Na operação conduzida pela Polícia Federal, foram presos dois servidores da Abin. Além disso, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão em diversos estados, uma iniciativa que busca esclarecer o escopo completo da operação ilegal. Segundo informações do Portal ChicoSabeTudo, a investigação ainda está em andamento e novos detalhes devem ser revelados nos próximos dias.
Posicionamento da Abin e governo atual
Em nota divulgada durante a operação, a Abin, agora sob o comando do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirma que instaurou uma sindicância para apurar o caso. A agência também comunicou que todas as informações obtidas durante as investigações internas estão sendo repassadas integralmente para a PF e para o STF. “Todas as requisições da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal foram integralmente atendidas pela Abin”, diz a nota.
De acordo com a Abin, todos os servidores que estão sendo investigados foram cautelarmente afastados de suas funções, enquanto o caso continua a ser apurado.