Deputado bolsonarista enfrenta acusações de assédio e omissão de socorro a garota de programa

Funcionárias e garota de programa apontam conduta imprópria do parlamentar distrital; Donizet nega as alegações.

O deputado distrital Daniel Donizet (MDB-DF), conhecido por seu alinhamento com o presidente Jair Bolsonaro, enfrenta sérias acusações de assédio sexual e omissão de socorro. As informações são do Portal ChicoSabeTudo.

Ex-servidoras do gabinete de Donizet procuraram a Polícia Civil e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para denunciar episódios de assédio sexual. Além disso, o parlamentar é alvo de investigação após uma garota de programa afirmar ter sido espancada por um assessor de Donizet, que supostamente se recusou a prestar socorro.

“Só fica quem dá”

Fabrícia Morais, uma das ex-funcionárias que registraram as acusações, afirmou ter sido ameaçada por Donizet por não ceder às suas investidas sexuais. “Ele me disse: ‘Fabrícia, aqui é igual o big brother. Só fica quem dá'”, disse Morais. A ex-servidora alega ter sido exonerada por não ter cedido.

Caso de omissão de socorro

O deputado também está sob escrutínio por omissão de socorro em um caso envolvendo uma garota de programa. Segundo a vítima, ela foi espancada por um assessor de Donizet em um motel. Donizet, que estava no mesmo quarto, teria se recusado a ajudá-la. “Todos omitiram socorro, inclusive o Daniel Donizet”, disse a mulher em depoimento à polícia.

Outras investigações

O deputado, que migrou recentemente para o MDB, já foi alvo de uma operação da Polícia Civil e do MPDFT no final de 2021, que apurava a existência de funcionários fantasmas e a prática de rachadinha em seu gabinete.

A defesa de Donizet

Em nota, Donizet negou todas as acusações e afirmou que sua defesa está acompanhando os procedimentos.

“O parlamentar não foi indiciado em nenhum dos casos. Em razão de serem sigilosos, há impedimento legal para passar informações”, diz a nota.

O parlamentar ressaltou ainda que “sempre se colocou à disposição das autoridades” e que “refuta quaisquer tipos de crimes e violência contra as mulheres”.