Dias D’Ávila, BA — Ederlan Santos Mariano, preso pelo feminicídio da cantora gospel Sara Mariano, teria planejado o crime há pelo menos um mês, segundo informações do delegado Euvaldo Costa, da Delegacia de Dias D’Ávila, Região Metropolitana de Salvador. O corpo da cantora foi encontrado na mesma cidade.
Um mês de premeditação
O delegado Costa afirmou neste sábado que há indícios apontando para uma premeditação que teria iniciado em 24 de setembro, data em que o casal teve um suposto desentendimento. “O planejamento da morte da cantora começou um mês antes da execução, então, é bem possível que tenha mais autores responsáveis pelo crime”, salientou.
Relacionamento tóxico
O advogado da família de Sara, Marcus Rodrigues, corroborou a versão da premeditação. “Era um relacionamento tóxico, em que ele agredia ela, não somente a verbalmente, como fisicamente também. Ele bebia muito, chegava em casa agredindo, forçava a Sara a ter relações sexuais, e isso acabou nesse fato criminoso”, analisou Marcus. O advogado citou um áudio que Sara gravou para a irmã, em que ela diz que o marido queria comprar uma arma e tem um temperamento instável.
Detenção e evidências
Ederlan foi preso temporariamente na madrugada deste sábado após confessar à polícia que matou Sara. Um dos delegados responsáveis pelo caso ressaltou a clara intenção de Ederlan “em destruir as possíveis provas que estavam armazenadas no celular da vítima e prejudicar as investigações dos fatos, bem como impedir a aplicação da lei penal.”
Impacto na família e próximos passos
Sara deixou uma filha de 11 anos. Marcus Rodrigues, advogado da família, ressaltou que a família está destroçada e aguarda a chegada da mãe de Sara para dar continuidade ao processo legal. “Estamos aguardando ansiosamente a chegada da mãe [de Sara], para fazer com que a justiça seja feita,” declarou.
Detalhes ainda desconhecidos
Segundo informações do Portal ChicoSabeTudo, a polícia ainda não confirmou como Sara foi morta, pois seu corpo foi encontrado parcialmente carbonizado. Laudos técnicos futuros devem esclarecer as circunstâncias da morte.
Ederlan Santos Mariano permanece preso temporariamente e está à disposição da Justiça.
