Flagrante de fraude em concurso da Polícia Civil: Candidata é detida com dispositivos de espionagem

Flagrante de fraude em concurso público: Detalhes do caso da filha de policial.

No último domingo, dia 26 de novembro, um incidente surpreendente ocorreu durante a realização de um concurso público para o cargo de investigador da Polícia Civil de São Paulo. Nadine Novello Conde Carlos, de 31 anos, foi detida após ser flagrada utilizando dispositivos eletrônicos de espionagem durante a prova.

O fato ocorreu em uma faculdade particular na Barra Funda, zona oeste da capital paulista. Nadine, que é filha de Cyrillo Conde Carlos, um papiloscopista da Polícia Civil, foi surpreendida com uma microcâmera, um ponto eletrônico e um receptor digital. Esses dispositivos estavam habilmente escondidos em seu vestuário – especificamente no sutiã, no casaco e na calça.

A descoberta dos equipamentos ilícitos se deu quando os fiscais do concurso, alertados pelo comportamento suspeito da candidata, a submeteram à verificação com um detector de metais. O aparelho emitiu um sinal sonoro ao passar por Nadine, que inicialmente resistiu à ordem de remover o casaco e tentou fugir para o banheiro da instituição. Foi impedida e, sob ameaça de chamada da polícia, acabou por revelar os equipamentos ocultos.

Após o incidente, Nadine foi encaminhada ao 91º Distrito Policial (Ceasa). Em depoimento, ela recusou-se a revelar o valor pago pelos dispositivos e a identidade de outros possíveis envolvidos no esquema.

Em audiência de custódia realizada no dia seguinte, 27 de novembro, Nadine recebeu liberdade provisória mediante pagamento de fiança de R$ 6,6 mil. Como condição, ela deverá comparecer mensalmente em juízo para relatar suas atividades e está proibida de sair da cidade por mais de oito dias sem comunicação prévia e de se inscrever em novos concursos públicos enquanto durar o processo.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) assegurou que a Polícia Civil está investigando o caso e a possível participação de outros indivíduos. A SSP também ressaltou que qualquer envolvimento de servidores da instituição será rigorosamente apurado pela Corregedoria da Polícia Civil.