A juíza substituta do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT-SC), Kismara Brustolin, foi afastada de suas funções para tratamento de saúde. A decisão ocorreu nesta quarta-feira (29), após a magistrada apresentar um histórico de transtorno bipolar.
Brustolin, que possui um diagnóstico confirmado de transtorno bipolar, já havia se afastado anteriormente para tratamento, somando quase 24 meses em um período de cinco anos. Apesar de uma readaptação funcional, limitando suas atividades a despachos e sentenças, a juíza retornou às audiências após um ano. Uma avaliação realizada por uma junta médica com três especialistas concluiu que ela estava apta para reassumir suas funções junto ao público.
No entanto, relatos apurados pela coluna de Leonardo Sakamoto indicam que Brustolin enfrentava dificuldades em lidar com sua condição. Fontes próximas mencionaram que a magistrada, em momentos de bem-estar, interrompia o uso de medicamentos devido aos efeitos colaterais, uma prática que potencialmente comprometia sua estabilidade.
Apesar da opção de aposentadoria por invalidez, Brustolin escolheu continuar em atividade. Contudo, o TRT-SC optou por afastá-la novamente, mantendo a suspensão de suas audiências. Uma nota oficial do tribunal esclarece que a suspensão perdurará até a conclusão das investigações sobre irregularidades ou até a confirmação de incapacidade total da magistrada, assegurando seu afastamento médico completo.
Colegas de Brustolin descrevem-na como uma profissional dedicada, embora enfrentando desafios significativos relacionados à sua saúde mental. A situação evidencia a importância da atenção e do cuidado com a saúde mental no ambiente de trabalho, especialmente em posições de grande responsabilidade e estresse.
O TRT-SC não forneceu detalhes adicionais sobre o caso, reiterando seu compromisso com a saúde e o bem-estar de seus membros.