Em Maceió, a Mina 18, explorada pela petroquímica Braskem, tem sido palco de preocupações crescentes. Desde o final de setembro, o solo desta área específica do bairro do Mutange tem apresentado um afundamento alarmante, ultrapassando 2 metros de profundidade, conforme indicado pela Defesa Civil municipal. Este relato detalha a situação atual, as medidas tomadas e as implicações para os moradores e o meio ambiente.
Agravamento da situação
A Defesa Civil emitiu um alerta no último dia 29, identificando um “risco iminente de colapso” na estrutura da mina. Observações recentes indicam um afundamento de 0,23 centímetro por hora entre os dias 6 e 7 de outubro, resultando em um movimento vertical total de 5,7 cm, elevando a profundidade total para 2,06 metros. O órgão mantém a recomendação para que a população evite transitar pela área desocupada, enquanto estratégias de monitoramento e controle são implementadas.
Medidas e responsabilidades da Braskem
Em resposta, a Braskem divulgou uma nota reiterando que o afundamento ocorre em uma seção completamente desocupada desde abril de 2020, sob vigilância constante. A empresa enfatizou seu compromisso com a segurança, lembrando que aproximadamente 40 mil moradores de regiões de risco já foram realocados desde 2019. Além disso, a extração de sal-gema foi permanentemente interrompida em maio de 2019.
Autuação e consequências legais
O Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA-AL) impôs uma multa de mais de R$ 72 milhões à Braskem. A autuação foi motivada por omissão de informações, danos ambientais e pelos riscos associados ao colapso da Mina 18. Esta representa a vigésima multa aplicada ao instituto contra a empresa.