Vitórias no STF: Presidente Lula encerra ano com sucesso nas indicações

Cristiano Zanin e Flávio Dino: Perfis, vitórias no Senado e impacto no STF.

O ano de 2023 se encerra marcado por importantes vitórias para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Supremo Tribunal Federal (STF), com a aprovação de duas indicações presidenciais para o cargo de ministro. Cristiano Zanin e Flávio Dino, nomes próximos à trajetória política do presidente, foram confirmados pelo Senado Federal apesar da resistência oposicionista.

A mais recente aprovação, a de Flávio Dino, ocorreu para a vaga deixada pela ministra Rosa Weber, que se aposentou em setembro. Dino, ex-Ministro da Justiça e Segurança Pública, recebeu 47 votos favoráveis contra 31 contrários e 2 abstenções do plenário do Senado na noite de 13 de dezembro. A confirmação demandava um mínimo de 41 votos.

Anteriormente, em junho, Cristiano Zanin, advogado de Lula e sua família desde 2013, foi aprovado com 58 votos favoráveis e 18 contrários, substituindo o ex-ministro Ricardo Lewandowski. Zanin, conhecido por sua defesa do presidente durante a Operação Lava Jato, enfrentou críticas devido à sua proximidade com o presidente.

A composição do STF, agora com apenas uma mulher, a ministra Cármen Lúcia, após a aposentadoria de Rosa Weber, gerou controvérsias. Críticos apontam para a ausência de mulheres nas recentes nomeações. Além disso, a proximidade de ambos os indicados com o presidente Lula tem sido um ponto de debate intenso, especialmente a relação de Zanin com os processos de Lula e a postura de Dino em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aos atos de 8 de janeiro.

Os senadores questionaram a imparcialidade de Flávio Dino, destacando sua forte ligação com um espectro político ideológico. Para assumir oficialmente o cargo no STF, Dino aguarda nomeação formal pelo presidente e publicação no Diário Oficial da União (DOU), com a cerimônia de posse prevista para fevereiro de 2024.

Paralelamente, o subprocurador Paulo Gonet foi sabatinado para assumir a Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo próximo biênio, com possibilidade de recondução, consolidando ainda mais as indicações de Lula em posições chave do judiciário.