Alexandre Correa, empresário e ex-marido da apresentadora Ana Hickmann, protocolou em 7 de novembro um pedido de recuperação judicial para a empresa Hickmann Serviços Ltda – Hserv, da qual ambos são sócios. Este movimento surge em um contexto onde o ex-casal enfrenta dívidas substanciais, estimadas em R$ 40 milhões, com diversas instituições financeiras.
De acordo com documentos obtidos pela revista Carta Capital, Correa atribui as dificuldades financeiras da empresa a uma variedade de fatores globais e nacionais. Ele cita os impactos remanescentes da pandemia de COVID-19, as políticas do governo Lula, alegando um desmonte empresarial no Brasil, e os conflitos internacionais, especificamente entre Rússia e Ucrânia e Israel e Hamas. Correa argumenta que tais eventos contribuíram significativamente para a situação precária da empresa, que outrora prosperava.
O pedido de recuperação judicial foi apresentado à Vara de Falências de São Paulo. Figuras do governo anterior, como o ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, foram mencionadas como convidadas para colaborar na reestruturação econômica proposta por Correa.
Além das questões financeiras, Correa enfrenta desafios legais pessoais. Ele menciona as restrições impostas pela Lei Maria da Penha, que atualmente limitam seu acesso às contas bancárias e a gestão financeira, como um dos entraves para a resolução da crise. Ele solicitou ao tribunal acesso às contas bancárias dele e de Ana Hickmann por 60 dias, a fim de evitar bloqueios judiciais. No mesmo pedido, Correa afirma que não há crimes comprovados contra ele e que as acusações não devem interferir no processo de recuperação judicial. Ele também pede a liberação de imóveis pertencentes aos sócios.