Uma investigação do Ministério Público da Bahia (MP-BA) revelou um novo desenvolvimento no caso do homicídio da cantora gospel Sara Mariano. Quatro indivíduos, anteriormente presos pela morte da artista, agora enfrentam acusações adicionais por planejarem usar a imagem de Sara Mariano para promover a carreira de Victor Gabriel Oliveira, um dos suspeitos.
Os acusados, Ederlan Santos Mariano, Weslen Pablo Correia de Jesus (conhecido como bispo Zadoque), Gideão Duarte de Lima, e Victor Gabriel Oliveira, foram indiciados por homicídio, ocultação de cadáver e associação criminosa. A aceitação da denúncia pela Justiça e o pedido de prisão preventiva se somam às prisões temporárias já existentes.
Segundo o MP-BA, o crime ocorreu em 24 de outubro, com o corpo da vítima sendo encontrado três dias depois perto da BA-093, em Dias D’Ávila, região metropolitana de Salvador. A denúncia aponta que o grupo, liderado por Ederlan, planejava capitalizar sobre a popularidade de Sara Mariano para impulsionar a carreira musical de Victor Gabriel.
Conforme com a denúncia do MP, o objetivo era “se apoderar da imagem pública de Sara Mariano, fazendo uso de toda a estrutura já montada em torno dela, para lançar a carreira de Victor, com o que todos lucrariam futuramente”. O Ministério ainda informou que Ederlan também prometeu disponibilizar os recursos digitais de seu estúdio para promover as carreiras dos participantes no crime contra Sara.
A hipótese inicial de um crime motivado por ciúmes foi descartada durante a investigação. Em vez disso, as evidências sugerem um esquema mais complexo e calculado, onde a fama de Sara seria explorada para benefício financeiro e profissional dos envolvidos.
Relembre o crime:
No dia 24 de outubro, a comunidade religiosa foi abalada pelo desaparecimento de Sara Mariano, cantora gospel e pastora. Sara havia saído de sua residência no bairro de Valéria, Salvador, rumo a um evento religioso em Dias D’Ávila, mas nunca chegou ao seu destino.
Ederlan Mariano, marido de Sara, foi quem notificou as autoridades sobre o desaparecimento. Ele relatou que um carro havia buscado Sara para o evento na noite de terça-feira.
Na manhã de quinta-feira (26), Ederlan compareceu ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para registrar o desaparecimento de Sara. No entanto, na tarde de sexta-feira (27), o corpo carbonizado de Sara foi encontrado às margens da BA-093, perto de Dias D’Ávila.
A identificação do corpo, em estado irreconhecível, foi inicialmente possível através de objetos pessoais encontrados próximos à vítima, identificados como pertencentes a Sara. No mesmo dia da descoberta, as autoridades detiveram Ederlan. Inicialmente, circulou a informação de que ele teria confessado o crime, mas sua defesa contesta essa versão, insistindo em sua inocência.