São Pedro de Alcântara (SC) – O Complexo Penitenciário de São Pedro de Alcântara, localizado na região da Grande Florianópolis, em Santa Catarina, tem adotado uma abordagem incomum e eficaz para manter a segurança: o uso de gansos. Desde 2009, as aves de comportamento sentinela vêm sendo utilizadas para reforçar a vigilância 24 horas por dia, principalmente em prevenção a fugas de detentos.
Substituição eficiente: Gansos no lugar de cachorros
Anteriormente, a unidade de segurança máxima contava com cachorros para manter a ordem e a segurança. No entanto, a Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa (SAP) observou uma série de vantagens na substituição dos cães por gansos. As aves não apenas se mostraram mais eficazes, mas também proporcionaram uma solução mais econômica e higiênica para a penitenciária.
Características estratégicas dos gansos
Os gansos foram escolhidos por suas características peculiares que os tornam adequados para a tarefa de vigilância. Eles dormem pouco, andam em bandos e adoecem com menos frequência em comparação aos cães. No início dessa inovadora estratégia de segurança, um casal de gansos foi introduzido no complexo. Com o sucesso da iniciativa, o número cresceu, e hoje nove aves são responsáveis pela segurança da área.
Complemento à segurança convencional
Embora os gansos desempenhem um papel crucial, eles são um complemento aos métodos de segurança tradicionais empregados pela penitenciária. A unidade conta com câmeras e torres de vigilância espalhadas por toda a área para monitorar os cerca de 1,2 mil detentos. Os gansos ficam principalmente ao redor da penitenciária e são conhecidos por emitir sons alertando sobre qualquer atividade suspeita ou tentativa de fuga.
Condições adequadas para os guardiões alados
Para garantir o bem-estar e a eficiência dos gansos, o complexo oferece uma área de mais de 800 metros quadrados, equipada com abrigos adequados e um açude com água corrente disponível 24 horas por dia. Esses espaços não apenas fornecem um ambiente confortável para as aves, mas também locais estratégicos para vigiar e agir como sentinelas naturais.