O prefeito Neném Borges de São José do Campestre, no Agreste potiguar, foi brutalmente assassinado em sua residência em abril. A Polícia Civil, em recente coletiva de imprensa, afirmou que o crime foi motivado pelo apoio incondicional do prefeito às operações policiais contra uma facção criminosa local. O suspeito, identificado como líder do grupo e com histórico de crimes violentos, está atualmente foragido.
O delegado Wellington Guedes destacou um incidente que intensificou a hostilidade do criminoso contra o prefeito: uma operação da Polícia Civil 15 dias antes do homicídio resultou na apreensão de um colete balístico e uma arma de fogo, pertencentes ao suspeito e supostamente usados em outros delitos. Segundo Guedes, o suspeito atribuía diretamente ao prefeito as ações de repressão ao crime organizado na região, exacerbando um perigoso sentimento de vingança.
Informações colhidas em depoimentos reforçam a teoria de que o prefeito estava marcado para morrer. Segundo relatos, o criminoso expressou explicitamente seu desejo de assassinar o mandatário municipal, interpretando o apoio deste às forças de segurança como uma afronta pessoal.
A execução, descrita como meticulosa e profissional, ocorreu enquanto o prefeito descansava no sofá de sua casa. O executor, evitando deixar rastros, utilizou luvas cirúrgicas e evitou qualquer contato direto com objetos na cena do crime, evidenciando um alto nível de premeditação e experiência criminosa.
Caso Neném Borges: Prefeito foi assassinado por apoio à polícia no combate a facção criminosa em São José do Campestrehttps://t.co/NyjJqQjs0D pic.twitter.com/lp2N57fNbm
— Daltro Emerenciano Instagram @blogdedaltroemerenci (@BlogdeDaltro) December 26, 2023