Carlo Ancelotti decidiu prorrogar seu contrato com o Real Madrid até junho de 2026, em meio a especulações sobre uma possível transferência para assumir o comando técnico da Seleção Brasileira. A escolha do treinador ocorre após uma análise detalhada do cenário atual da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que enfrenta uma ameaça de sanções por parte da Fifa. A situação crítica da entidade brasileira, que inclui a saída controversa de Ednaldo Rodrigues da presidência e o risco de exclusão da Seleção de competições internacionais, foi determinante na decisão de Ancelotti.
A Fifa tem enviado sinais claros de desaprovação quanto à interferência judicial na administração da CBF, chegando a anunciar a formação de uma comissão para supervisionar de perto os desdobramentos da crise institucional. Preocupações com a estabilidade no comando da entidade e a validade do interinato de José Perdiz, atual presidente do STJD, influenciaram a escolha do técnico italiano.
Perdiz, que assumiu o cargo interinamente, não é reconhecido pela Fifa como presidente legítimo da CBF, havendo um reconhecimento em favor de Hélio Menezes. A disputa pelo poder na CBF é agravada por duas ações judiciais em andamento no STF que solicitam o retorno de Ednaldo Rodrigues à presidência, enquanto paralelamente aumentam as expectativas de uma nova eleição na confederação já no início de janeiro.
Essas incertezas jurídicas e administrativas impactam diretamente na gestão da Seleção Brasileira, criando um ambiente de insegurança para qualquer profissional que cogite assumir o cargo de técnico. Assim, a opção de Ancelotti por continuar à frente do Real Madrid reflete uma busca por estabilidade e afasta, ao menos por ora, a possibilidade de um comando brasileiro sob sua liderança.