No primeiro dia útil de 2024, o mercado financeiro brasileiro foi marcado por um cenário de instabilidade, refletido na alta do dólar e na queda da bolsa. O dólar comercial encerrou esta terça-feira (2) vendido a R$ 4,915, representando uma alta de R$ 0,062 (+1,28%). A moeda americana, que operou próxima da estabilidade nas primeiras negociações do dia, iniciou uma trajetória ascendente, intensificando-se com a abertura dos mercados nos Estados Unidos e fechando próximo da máxima do dia. Paralelamente, o índice Ibovespa, da B3, registrou uma queda de 1,11%, fechando aos 132.696 pontos, após operar próximo da estabilidade até o início da tarde e declinar nas horas seguintes.
As variações são atribuídas às incertezas envolvendo a economia dos Estados Unidos, especialmente em relação às políticas monetárias do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano). A expectativa de que o Fed postergue a redução dos juros básicos na economia americana gerou pressão sobre as taxas dos títulos do Tesouro dos EUA, considerados investimentos seguros. A elevação dos juros nos títulos americanos tende a direcionar o capital para esses investimentos, afetando economias emergentes, como o Brasil, ao induzir a fuga de capitais e pressionar o valor do dólar e os indicadores da bolsa.
Investidores mantêm-se atentos aos próximos relatórios de emprego dos Estados Unidos, que podem fornecer indicativos sobre o ritmo da economia e influenciar as decisões futuras do Fed. Uma desaceleração na criação de empregos pode intensificar as expectativas de que o Banco Central americano antecipe a diminuição dos juros básicos, movimento que tem significativo impacto nos fluxos financeiros globais.