As autoridades holandesas, seguindo recomendações dos Estados Unidos, revogaram parcialmente a licença de exportação de sistemas de litografia avançados para a China. Trata-se dos modelos NXT:2050i e NXT:2100i, cruciais na fabricação de semicondutores, fabricados pela ASML – líder mundial neste segmento.
Este movimento faz parte das medidas adotadas conjuntamente pelos Países Baixos, o Japão e os EUA, direcionadas a restringir o acesso de tecnologias avançadas ao país asiático. Destaca-se a fotolitografia, tecnologia essencial no processo de impressão para desenvolvimento de chips, praticada pela ASML. A decisão impõe um significativo golpe nas capacidades tecnológicas chinesas no contexto da competição global por liderança nos semicondutores.
Consequentemente, as ações da ASML sofreram uma queda superior a 1% após o anúncio. Contudo, a empresa comunicou que não prevê impactos materiais sobre as perspectivas financeiras de 2023, em decorrência das restrições recentemente impostas.
O Ministério das Relações Exteriores da China, em reação, solicitou que a Holanda adote uma posição objetiva e justa, instigando a preservação dos interesses mútuos entre os países e empresas envolvidas. A China condena a utilização do conceito de segurança nacional pelos EUA como pretexto para pressionar outras nações a engajarem-se em um bloqueio tecnológico.
É em meio a essa disputa que os Estados Unidos têm implementado estratégias para reduzir a disponibilidade de insumos necessários ao desenvolvimento de semicondutores pelo país asiático, indo além da proibição da compra de chips avançados e abrangendo restrições a qualquer participação norte-americana na produção de chips na China.
Os semicondutores, componentes vitais para a indústria tecnológica moderna, são essenciais para o funcionamento de uma ampla gama de dispositivos eletrônicos. Seu papel é central em diversas inovações que prometem transformar o futuro da tecnologia, com destaques para campos como a computação quântica e a inteligência artificial.