A estudante de jornalismo que acusa o deputado federal Marco Feliciano (PSC) de tentativa de estupro será indiciada pelos crimes de extorsão e denunciação caluniosa pelo delegado Luiz Roberto Hellmeister, da delegacia de Santa Efigênia, em São Paulo. Segundo ele, a estudante extorquiu o assessor do deputado em troca de silêncio.
Segundo a rádio CBN, Talmo Bauer, chefe de gabinete de Feliciano, admitiu que pagou R$ 20 mil a um amigo da estudante para que ela parasse de acusar o parlamentar por tentativa de estupro. Se condenada, a estudante poderá pegar penas que somadas variam de seis a 20 anos de prisão.
Ainda de acordo com a CBN, o delegado informou que o dinheiro foi pago porque a estudante extorquiu o assessor de Feliciano, além de mentir várias vezes ao longo das investigações. “Ela ameaça divulgar uma notícia bombástica, ainda piorando porque ele é pastor, não é só deputado, e que pode ter um dano incalculável na vida dele. Ela está condicionando contar um fato real ou mentiroso para ter uma vantagem”, disse o delegado à rádio.
De acordo com o delegado, a estudante disse que havia sido sequestrada e mantida sob cárcere para gravar o vídeo em que desmente as acusações. Porém, imagens de câmeras de segurança do dia do suposto sequestro mostram Patrícia em um hotel, junto com Bauer, descontraídos. No vídeo eles também se abraçam. Ainda de acordo Hellmeister, ela hospedou a mãe e um amigo no mesmo hotel, descaracterizando a versão de que ela foi coagida.
Hellmeister é responsável pela investigação do sequestro e cárcere da vítima. Já a denúncia de estupro segue sendo apurada pela Delegacia da Mulher de Brasília.