O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, declarou em entrevista à Rádio CBN nesta terça-feira (9) que o desfecho das investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes está previsto para o primeiro trimestre deste ano.
O crime, ocorrido em 2018, levou a uma investigação extensa, com a PF assumindo o caso há menos de um ano. “Esse é um desafio que a PF assumiu no ano passado. Estamos há menos de um ano à frente dessa investigação, de um crime que aconteceu há cinco anos, mas com a convicção de que ainda neste primeiro trimestre a Polícia Federal dará uma resposta final do Caso Marielle”, afirmou Andrei.
A afirmação do diretor-geral ocorre após declarações do ministro da Justiça, Flávio Dino, que recentemente indicou uma solução iminente para o caso. Marielle Franco, eleita vereadora do Rio de Janeiro pelo Psol em 2016, e seu motorista, Anderson Gomes, foram assassinados em 2018 no bairro do Estácio, Rio de Janeiro.
O inquérito sobre o assassinato foi transferido para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) em outubro passado, após a menção do nome de Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), na delação do ex-PM Élcio Queiroz. Queiroz está detido sob suspeita de envolvimento no crime. A então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, já havia solicitado, em 2019, a investigação de Brazão como possível autor intelectual do homicídio.
Ainda que tenha havido tentativas de federalizar a investigação, o caso permaneceu sob a jurisdição estadual. Um recente acordo determinou a responsabilidade conjunta do Ministério Público do Rio de Janeiro e da PF na identificação dos mandantes do crime.