A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Salvador divulgou um alerta sobre reações alérgicas e lesões de pele após banhos de mar na região. O comunicado ocorre após a notificação de três casos entre 10 e 13 de janeiro, encaminhados ao Núcleos de Epidemiologia das Unidades de Pronto Atendimento (NEPAS).
Os casos envolvem duas pessoas do sexo masculino e uma do sexo feminino, apresentando lesões, prurido intenso e, em um dos casos, febre e tosse. As idades dos diagnosticados são de 22, 37 e 64 anos.
O fenômeno, conhecido como “Prurido do traje de banho ou Piolho-do-mar”, foi descrito pela primeira vez no Brasil em 2001. Está associado às larvas de Linuche unguiculata, uma espécie de água-viva. A doença caracteriza-se por dermatite pruriginosa intensa, ocorrendo após o contato com larvas de água-viva, especialmente sob trajes de banho. Geralmente, a dermatite resolve-se espontaneamente em uma ou duas semanas.
Segundo a SMS, embora não tenha sido confirmada a presença deste tipo específico de água-viva em Salvador, a frequência de manifestações cutâneas após o banho de mar é um sinal de alerta. Os sintomas incluem rash cutâneo e erupção pápulo-eritemato-pruriginosa, semelhantes às picadas de insetos, surgindo durante o banho de mar e intensificando-se, principalmente em áreas cobertas por trajes.
Além disso, a doença pode apresentar febre, calafrios, náuseas, vômitos, cefaleia, dor abdominal e diarreia, sendo particularmente grave em crianças. A anafilaxia, uma reação alérgica grave, requer atenção imediata.
Para prevenção, recomenda-se tomar banho com água corrente e sabão após sair do mar, lavar as roupas de banho adequadamente e evitar secar-se com toalha para reduzir o contato das larvas com a pele. Importante não coçar as áreas afetadas para evitar infecções ou piora das lesões. Pessoas com manifestações cutâneas devem evitar o mar e procurar orientação médica para tratamento adequado.