Bolsonarista que ameaçou cortar a cabeça de Lula tem caso levado a Moraes

Supremo Tribunal Federal avalia caso de empresário de SC que gravou vídeo com ameaças políticas.

Um caso envolvendo Gilberto Sandri, empresário de Santa Catarina, ganhou um novo capítulo esta semana. O Supremo Tribunal Federal (STF), sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, recebeu o processo relacionado a um vídeo gravado pelo empresário. No vídeo, Sandri aparece com um facão inscrito com o nome de Jair Bolsonaro e uma imagem do ex-presidente, fazendo declarações contra Luiz Inácio Lula da Silva.

O vídeo, que circulou nas redes sociais em novembro de 2022, levou à apresentação de uma queixa ao Ministério Público de Santa Catarina. Posteriormente, o caso foi encaminhado à Justiça Federal no estado. O Ministério Público Federal em Santa Catarina identificou possíveis delitos de ameaça e crime contra o Estado Democrático de Direito, relacionando o caso aos inquéritos que investigam a atuação de milícias digitais e eventos de 8 de Janeiro.

Para a persecução penal do crime de ameaça, é necessária a representação da pessoa alvo do delito. Com base nessa necessidade, a Procuradoria solicitou o encaminhamento dos autos ao STF, o que foi atendido pela Justiça Federal em dezembro. O processo foi registrado no STF na quinta-feira, 18 de janeiro, e encaminhado ao gabinete do ministro Moraes.

Após a divulgação do vídeo, Alexandre Padilha, ministro da Secretaria de Governo de Lula, compartilhou o conteúdo em sua conta no X, comentando sobre a necessidade de enfrentar essa faceta do bolsonarismo. Gilberto Sandri, por sua vez, expressou arrependimento em um vídeo subsequente, negando a intenção de causar dano físico e classificando suas ações anteriores como uma “brincadeira de mau gosto”.