No Carnaval do Rio de Janeiro, uma nova tendência tem chamado atenção: o “sacolé com bala”, também conhecido como MD. Essa novidade, que segue o sucesso dos sacolés gourmet e alcoólicos, consiste em um sacolé misturado com a droga MDMA. O fato gerou preocupações quanto aos riscos à saúde, principalmente pela combinação com bebidas alcoólicas e sorvetes.
A venda desse produto foi observada durante um ensaio de bloco no Aterro do Flamengo, na Zona Sul do Rio, no último domingo (14). A droga MDMA, popularmente chamada de “bala”, é conhecida por seus efeitos estimulantes e perigos à saúde.
Um casal foi visto vendendo sacolés de vodca nos sabores morango e coco a R$ 30, anunciando também o “sacolé com bala”. Tiago Ribeiro, ator e jornalista, relatou ter notado a venda e compartilhado a informação em uma rede social. Ele explicou que, inicialmente, não acreditou na oferta da droga, mas constatou a veracidade após um conhecido efetuar a compra.
A Polícia Militar do Rio de Janeiro, ao tomar conhecimento do caso, afirmou que tais informações divulgadas em redes sociais podem levar a investigações. Até o momento, não houve registros de ocorrências sobre a comercialização da droga na região mencionada. A PM enfatizou seu papel no policiamento ostensivo e assegurou que crimes flagrados resultarão em prisões.
Mariana Sgarbi, médica psiquiatra e professora, alertou sobre os perigos da mistura de calor intenso, álcool e drogas durante o Carnaval. O MDMA, substância presente no “sacolé com bala”, é um derivado sintético das anfetaminas. Ele atua como estimulante do sistema nervoso central, aumentando a liberação de neurotransmissores responsáveis por sensações de satisfação e energia. Os efeitos incluem euforia, agitação motora, desinibição social, redução do apetite e sono, além de aumento da libido. A mistura com sacolé pode, segundo a médica, mascarar os efeitos iniciais da droga, elevando os riscos de intoxicação rápida.