Na última quinta-feira, durante uma operação coordenada pela Polícia Federal para o cumprimento de mandados de busca e apreensão na sede da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), surgiram relatos de uma tentativa de obstrução de justiça por parte da agência. Os policiais envolvidos na operação relataram ter enfrentado dificuldades impostas pela direção da Abin, que questionou a extensão dos mandados e restringiu o acesso a documentos relevantes, o que levou à necessidade de um novo despacho pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
O foco da ação estava em documentos relacionados a uma suposta “Abin paralela”, acusada de realizar atividades de espionagem ilegal. A busca por esses documentos foi temporariamente frustrada pela resistência encontrada, obrigando a Polícia Federal a solicitar intervenção judicial adicional para garantir o acesso.
Para superar esses impedimentos sem recorrer à força, a PF procurou o ministro Moraes, responsável pelo caso, que emitiu uma decisão facilitando o acesso aos dados necessários. Com o novo despacho, foi possível prosseguir com a investigação, obtendo informações consideradas essenciais.
Além disso, a investigação conta com o suporte da Controladoria Geral da União (CGU), liderada pelo ministro Vinicius Carvalho. Uma autorização do STF permitiu que a CGU também tivesse acesso aos materiais investigativos, colaborando assim para aprofundar as averiguações sobre as atividades da chamada “Abin paralela”.
Até o momento do levantamento desta informação, não houve um retorno oficial por parte da Abin sobre os questionamentos a ela dirigidos, evidenciando a complexidade das investigações em curso e a busca por transparência e justiça no esclarecimento dos fatos.
