A Polícia Federal iniciou o monitoramento do pastor evangélico Anderson Silva, líder da igreja brasiliense Vivo por Ti, após ele sugerir, em uma transmissão ao vivo, que Deus “arrebentasse a mandíbula” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O pastor revelou ter recebido ligações da PF em função dessa declaração, feita em junho do ano passado.
Este acompanhamento pela PF foi uma resposta à frase do pastor, considerada incitadora de violência. A situação ganhou notoriedade quando Flávio Dino, ministro da Justiça, anunciou a investigação pelas autoridades. Em suas redes sociais, Dino classificou a fala do pastor como “anticristã e criminosa”, motivando a ação imediata da Polícia Federal.
A live em questão também contou com a participação do deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG). Durante a transmissão, Ferreira falou em “arrancar a cabeça” de inimigos e reagiu com risos às declarações de Silva, que enfatizou a necessidade de orações agressivas contra adversários, citando salmos bíblicos.
Em uma recente publicação em seu perfil do Instagram, Anderson Silva comentou sobre os contatos recebidos da Polícia Federal. Ele negou ter feito ameaças contra o presidente e argumentou estar sendo alvo de perseguição. Silva justificou sua fala como uma citação bíblica, referindo-se a versículos dos Salmos e do Apocalipse, e alegou que a menção à “mandíbula” era uma metáfora, relacionando-a à autoridade dos opositores.