Em uma noite onde o imprevisível se fez presente em Caracas, a seleção brasileira olímpica de futebol encontrou obstáculos inesperados no caminho rumo à preparação para os Jogos Olímpicos de Paris-2024. Testemunhamos uma partida que, sem dúvida, irá reverberar nos corredores da preparação canarinha: uma derrota por 3 a 1 para a aguerrida equipe da Venezuela.
Já com a classificação em mãos, a equipe brasileira adentrou o gramado do Estádio Brígido Iriart com surpresas na escalação. Ramon Menezes optou por dar oportunidade aos reservas, uma estratégia que costuma reservar tanto riscos quanto oportunidades. O resultado na primeira etapa revelou o lado mais desafiador dessa escolha. Diante de uma equipe venezuelana determinada a mostrar seu valor, o selecionado brasileiro encontrou dificuldades para impor o ritmo usual, caracterizado pela criatividade e pela precisão técnica.
A segunda metade da partida presenciou um Brasil mais próximo do esperado. As substituições refletiram em uma melhora no desempenho e na atitude do time em campo. As entradas de Endrick, Marlon Gomes, Khellven e Alexsander trouxeram novo fôlego e esperança à torcida, que viu Alexsander marcar o tento brasileiro, um alento em meio à adversidade.
Essa derrota, entretanto, não altera a posição do Brasil na liderança do Grupo A, agora com nove pontos acumulados. O revés, porém, consolidou a equipe venezuelana como vice-líder, garantindo a ela a satisfação de avançar no torneio e a esperança de uma vaga olímpica. O Equador lamentavelmente deu adeus às suas aspirações, enquanto Bolívia e Colômbia completam a tabela.
No outro grupo, a Argentina e o Paraguai aguardam para definir as suas colocações, enquanto duelam, seguindo seus próprios desafios. O torneio agora converge para um quadrangular decisivo, onde em campo desenhar-se-á o caminho de duas nações rumo ao sonho olímpico.
O episódio dessa partida contra a Venezuela pode ser encarado como uma lição valiosa para a seleção brasileira. Recorda-nos que no futebol, como na vida, a previsibilidade não passa de mera ilusão e que o respeito pelo adversário sempre se faz presente. Resta-nos aguardar pelas próximas etapas, onde técnica, tática e força mental serão postas à prova na conquista dos sonhos olímpicos.
