Duas psicólogas, convocadas pela defesa de Daniel Alves, prestaram depoimento nesta quarta-feira, 7, durante o terceiro dia do julgamento do ex-jogador, acusado de estupro por uma jovem em Barcelona, na Espanha. Segundo a acusação, o fato teria ocorrido na madrugada do dia 31 de dezembro de 2022 em uma boate. As especialistas, após avaliarem se Alves estava embriagado no momento do episódio, concluíram que, embora suas capacidades cognitivas estivessem “ligeiramente afetadas”, ele tinha consciência de seus atos e podia discernir “o certo do errado”.
Em sua análise, as psicólogas se basearam em comandas de consumação e vídeos de segurança da boate Sutton, evidenciando que Daniel e três amigos consumiram cinco garrafas de vinho e uma de whisky, além de o ex-jogador ter bebido sozinho uma gin tônica e ao menos seis taças de champanhe. As imagens mostram o ex-jogador em um estado que sugere possível “intoxicação alcoólica”, com impacto em suas capacidades cognitivas. No entanto, afirmaram categoricamente que ele era capaz de compreender a situação.
As profissionais também realizaram um estudo de personalidade de Daniel, baseado em diversas entrevistas, levando-as a considerar “muito improvável” que, dada sua personalidade, ele cometesse uma agressão sexual. Este depoimento soma-se às evidências apresentadas no julgamento que busca esclarecer os eventos daquela noite em Barcelona.