Infantino destaca união contra racismo no futebol e sugere derrota automática para clubes infratores

Presidente da FIFA, Infantino, convoca união global para erradicar racismo nos estádios até maio.

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Durante o 48º congresso extraordinário da UEFA, Gianni Infantino, que ocupa a presidência da FIFA, colocou em evidência a urgência de uma medida eficaz no combate ao racismo nos estádios de futebol. Ele realçou a importância de os administradores do esporte encontrarem uma solução definitiva até a próxima assembleia da FIFA, marcada para maio.

O mandatário da FIFA expressou profunda preocupação com o número crescente de incidentes racistas no esporte e enfatizou a necessidade de ação imediata. Infantino foi enfático ao dizer que as ações atuais não estão sendo suficientes para combater o problema. Ele sugeriu uma abordagem conjunta e calculada, instando todos os dirigentes esportivos a trabalharem em uníssono para desenvolver uma estratégia eficaz antes da próxima reunião da entidade máxima do futebol.

A proposta de Infantino inclui um protocolo focado na aplicação de sanções severas para os clubes cujos torcedores sejam flagrados cometendo atos de racismo. Ele propõe que seja considerada a derrota automática para os clubes infratores, assumindo uma posição de zero tolerância a esse tipo de comportamento.

Além disso, o presidente da FIFA delineou um protocolo a ser seguido durante as partidas, consistindo de três etapas de interrupção do jogo. Caso comportamentos racistas sejam identificados, o procedimento seria interromper o jogo até duas vezes antes de declarar a partida como abandonada.

Infantino também abordou a necessidade de perseguir ações judiciais contra indivíduos que se comportarem de maneira racista, sugerindo que os mesmos sejam banidos dos estádios globalmente. O investimento em educação também foi mencionado como um componente chave, uma vez que o racismo é reconhecido como um problema enraizado na sociedade. Ele destacou a importância de iniciativas educacionais, mas admitiu que esses esforços, isolados, não constituem a solução completa para o problema.

Essa exposição no congresso da UEFA sugere um ponto de inflexão na maneira como o futebol global poderá lidar com tais incidentes no futuro, buscando um impacto substancial e a longo prazo na cultura do esporte.