No domingo, 18 de setembro, Silvio Almeida, Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, fez declarações a respeito de um incidente envolvendo a Brigada Militar de Porto Alegre e um motoboy negro. O motoboy, que havia sido vítima de uma tentativa de homicídio por um indivíduo branco, chamou a polícia para reportar o fato. Contudo, o trabalhador acabou sendo tratado como suspeito pela polícia. Essa situação foi destacada pelo ministro em sua rede social X, enfatizando-se como um exemplo de racismo institucionalizado.
Almeida ressaltou a importância das instituições revisarem suas práticas e adotarem medidas eficazes de combate ao racismo. Ele mencionou que sua pasta, em conjunto com a ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, planeja acompanhar o caso de perto e trabalhar em políticas de amplo alcance para lidar com essas questões.
Anielle Franco também se pronunciou, expressando indignação com o ocorrido e enfatizando a repercussão negativa nas redes sociais, onde a discussão sobre discriminação racial ganhou força.
Em resposta ao caso, o Sindicato dos Motociclistas Profissionais do Rio Grande do Sul organizou uma manifestação para a tarde do mesmo domingo, destacando a importância da igualdade de tratamento para todos os cidadãos.
Uma pesquisa realizada pelo Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec) em 2023 revelou que a maior parte dos brasileiros percebe que pessoas pretas são as mais afetadas pelo racismo no Brasil, seguidas por indígenas e imigrantes africanos. O estudo também apontou para uma percepção de criminalização mais acentuada destes grupos em comparação aos brancos.