A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia, sob a liderança de Roberta Santana, anunciou um passo significativo na luta contra a dengue, com a distribuição de mais de 50 mil doses da vacina destinadas a regiões específicas do estado. A partir desta sexta-feira (23), 50.447 novas doses serão enviadas para Itabuna, Ilhéus, Jequié, e Barreiras, cobrindo um total de 71 municípios. Este movimento ocorre em um contexto preocupante, no qual 38 municípios baianos estão classificados em estado de epidemia, enquanto outros 19 estão em alerta, refletindo a urgência e a gravidade da situação.
Este esforço de vacinação segue uma distribuição anterior de 120 mil doses pelo Ministério da Saúde, focada em áreas como Salvador, Feira de Santana, e Camaçari. A seleção desses municípios para receber as doses se baseia em critérios epidemiológicos detalhados, considerando a incidência de casos de dengue reportados em 2023. Até o momento, o estado confirmou três fatalidades devido à doença, sublinhando a letalidade potencial da dengue e a necessidade de intervenções eficazes.
Roberta Santana ressalta a vacinação como uma estratégia vital para combater a dengue, mas também enfatiza a prevenção como chave para erradicar a doença. A eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, em ambientes domésticos é apresentada como uma ação crítica para controlar a propagação da doença. Essa abordagem dupla, combinando prevenção e vacinação, visa proteger especialmente as faixas etárias mais jovens, com crianças e adolescentes de 10 e 11 anos sendo prioritários na campanha de imunização.
Além da vacina, o governo da Bahia adotou outras medidas para fortalecer a luta contra a dengue, incluindo a aquisição de novos veículos de Ultra Baixo Volume (UBV) e a distribuição de kits para agentes de Combate às Endemias. Ações como mutirões de limpeza e o emprego de agentes com equipamentos de pulverização complementam essa estratégia abrangente.
Desde o início de 2024, a Bahia registrou 8.674 casos de dengue, marcando um aumento de 21,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. A situação alarmante é evidenciada pelo número de óbitos e pelo status de epidemia em 38 municípios, reforçando a necessidade de vigilância contínua, ações preventivas e a importância da vacinação como linhas de frente na batalha contra a dengue.