Às vésperas de um ato marcado para acontecer em São Paulo neste domingo (25), convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, uma série de mensagens com conteúdo de cunho violento e teorias da conspiração começaram a circular na internet entre seus apoiadores. Estas mensagens incluem chamados para uma “guerra civil” e uma “revolução”.
Um estudo realizado pela Palver, uma empresa especializada em análise de dados na web, revelou um aumento significativo no volume de menções a Jair Bolsonaro acompanhadas de termos como “guerra civil” ou “revolução” logo após a Polícia Federal executar uma operação contra o ex-presidente e alguns de seus aliados. Este movimento online veio na esteira da decisão judicial que resultou na apreensão do passaporte de Bolsonaro, um fator que parece ter exacerbado as tensões entre seus apoiadores.
Entre as mensagens disseminadas, algumas acusam, sem evidências, de tentativas de prisão de Bolsonaro “a qualquer custo” e fazem ameaças veladas de não deixar “ninguém sair do Congresso até que todos sejam presos”, sugerindo uma ação direta e coordenada contra as instituições democráticas. Além disso, algumas publicações propagam teorias da conspiração, como a alegação de que o Partido dos Trabalhadores (PT) teria influenciado o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a cassar os mandatos e tornar inelegíveis todos os deputados do Partido Liberal (PL), apesar de não haver provas que sustentem tais afirmações.