O discurso do ex-presidente Jair Bolsonaro, ocorrido na Avenida Paulista, reuniu milhares de seus apoiadores e gerou repercussões diversas na esfera política brasileira. Neste contexto, Bolsonaro defendeu-se das acusações de ter tramado um golpe de Estado em 2022, além de pedir anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, que resultaram em depredações nas sedes dos Três Poderes em Brasília. Ele argumentou pela necessidade de “passar uma borracha no passado” e buscar a “pacificação” nacional.
Bolsonaro enfatizou uma distinção entre o que considera ser um golpe de Estado, mencionando que não houve mobilização de tanques, armas, conspiração, nem apoio da classe política e empresarial para tal fim. Ademais, criticou indiretamente o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por, segundo ele, excluírem atores políticos do cenário eleitoral sem justas causas, uma referência velada às decisões que o tornaram inelegível.
O ex-presidente também se posicionou contrário aos atos violentos de janeiro, mas defendeu anistia aos detidos, classificando-os como “pobres coitados”.