Colecionador desvenda tesouros da era romana e Idade do Ferro em ilha galesa

Tesouros da Idade do Ferro e romanos são achados numa ilha galesa, revelando segredos milenares.

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Imagine pisar em um solo, sabendo que a última pessoa a tocar o mesmo ponto viveu há quase dois milênios. Esta foi a realidade para Ian Porter, um colecionador de artefatos metálicos, cujas descobertas em Anglesey, uma ilha na costa oeste do País de Gales, abriram um portal para um passado distante, revelando tesouros da Idade do Ferro e da era romana. Em 2020, enquanto explorava pastagens e nascentes nesta região histórica, Porter fez descobertas que agregam novos capítulos à história já rica de Anglesey.

Entre as preciosidades encontradas estão peças de carruagens da Idade do Ferro, equipamentos de cavalaria romana pertencentes ao século I d.C., uma fivela ornamentada, quatro moedas, um vestígio de pote de chumbo do período romano britânico e um impressionante lingote de cobre romano de 20 kg, provavelmente fundido com metal de uma mina local. Esses artefatos não apenas fascinam pela sua antiguidade mas também contribuem com ricos detalhes sobre a vida e os conflitos daqueles tempos.

Especialistas sugerem que muitos desses objetos foram enterrados entre 50 e 120 d.C., adicionando camadas às noções do período romano ao longo dos anos. Acredita-se que seu sepultamento tenha ocorrido durante ou após o sítio romano na ilha, em torno de 60 ou 61 d.C., marcando um momento de tensões e transições significativas na região.

A ilha de Anglesey, já conhecida por seu papel durante a era da Idade do Ferro, consolida ainda mais seu significado histórico com estes achados. Descobertas anteriores, como o esconderijo da Idade do Ferro nos anos 40, ajudam a compilar uma narrativa contínua da importância cultural e arqueológica deste lugar. Para discernir a importância desses artefatos, não apenas individuais mas como conjunto, é reconhecer um momento crítico de transformações culturais, refletindo práticas religiosas, conflitos e o cotidiano de uma era em mutação.

Os artefatos descobertos serão incorporados à coleção do Oriel Môn, um museu local em Anglesey, garantindo que essas janelas para o passado sejam preservadas e acessíveis para futuras gerações explorarem e compreenderem. Com tais descobertas, Anglesey reafirma seu lugar como um sítio de interesse arqueológico incomparável, onde cada artefato traz consigo histórias de tempos quase esquecidos, esperando para serem redescobertas.