Na última terça-feira (5), a Justiça determinou a rescisão do contrato entre o atacante Zé Roberto, anteriormente vinculado ao Ceará, e o clube, devido a dívidas trabalhistas acumuladas pelo time. Os valores em atraso incluem salários, férias, 13º salário, FGTS e direitos de imagem do jogador.
Advogando por Zé Roberto, Filipe Rino revelou que, após uma tentativa frustrada de acordo entre as partes, a Justiça decidiu favoravelmente à rescisão indireta do contrato, motivada pelo não cumprimento das obrigações contratuais por parte do Ceará. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) já foi notificada da decisão, o que possibilita a retirada do registro de Zé Roberto do Boletim Informativo Diário (BID) da CBF, liberando o atacante para firmar contrato com um novo clube.
Além da disputa pela rescisão, Zé Roberto cobra uma indenização no valor de R$ 2,5 milhões, referente aos salários e benefícios que seriam devidos até o término do seu contrato com o Ceará, previsto para o final da temporada de 2024. Com a audiência de instrução agendada para o dia 1º de abril, espera-se que o processo avance em direção a uma sentença, que poderá obrigar o clube a arcar com a cláusula compensatória.
Diante da situação, o diretor jurídico do Ceará, Fred Bandeira, abordou a questão do valor reivindicado pelo jogador e sua defesa, ponderando sobre a quantia devida ao atleta, que, segundo Bandeira, seria próximo de R$ 250 mil, uma cifra substancialmente menor do que a demandada na ação.
Este desenvolvimento ocorre em um momento chave para o Ceará, que se prepara para enfrentar o Bahia na 5ª rodada da Copa do Nordeste, em uma partida marcada para esta quarta-feira (6), às 21h30, no Estádio Castelão.