Kindle versus livros impressos: qual a escolha mais verde para leitores?

Descubra se e-books ou livros físicos são mais ecológicos. Surpreenda-se com a verdade sobre sustentabilidade na leitura!

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Na era digital, onde tudo que consumimos parece ter uma alternativa eletrônica, a pergunta “Qual é a opção mais ecológica para ler?” ganha cada vez mais relevância. Livros físicos e dispositivos como o Kindle disputam não apenas a preferência dos leitores, mas também o título de opção mais sustentável.

A produção de livros físicos tem um impacto significativo no meio ambiente. Ela começa com a derrubada de árvores, prossegue com o processo de transformação em papel e não termina até que o livro seja entregue nas mãos do leitor, muitas vezes depois de atravessar grandes distâncias. As árvores, além de serem fontes de matéria-prima para esses livros, desempenham um papel crucial no armazenamento de carbono, ajudando a mitigar as mudanças climáticas. Portanto, ao extrair esse recurso, estamos contribuindo para a liberação de dióxido de carbono na atmosfera.

Por outro lado, os leitores digitais, como o Kindle, embora prometam uma conveniência incomparável, capaz de armazenar centenas de livros em um único dispositivo, também têm seu lado sombrio em termos de impacto ambiental. A produção desses aparelhos requer a extração de metais preciosos e minerais raros, além de implicar em um conjunto diverso de impactos ambientais negativos, desde a geração de resíduos de mineração até a contaminação da água e poluição do ar. Além disso, esses dispositivos necessitam de energia para funcionar e, mesmo após deixarem de ser usados, representam um desafio em termos de reciclagem e disposição final.

Um estudo canadense de 2012 trouxe dados interessantes a essa discussão: um livro físico emite aproximadamente 2,7 kg de CO2, enquanto o impacto anual de um Kindle é de cerca de 37,4 kg de CO2e. Essa comparação revela que, para que o uso de um Kindle seja considerado mais sustentável do que comprar livros impressos, seria necessário ler mais de 15 livros por ano no dispositivo. Para aqueles que leem menos, os livros físicos podem se apresentar como a opção mais verde, especialmente se adquiridos usados ou emprestados de bibliotecas, práticas que estendem a vida útil dos livros e minimizam sua pegada de carbono.

Portanto, a decisão entre adotar um Kindle ou continuar lendo livros impressos depende de uma série de fatores, incluindo os hábitos de leitura do indivíduo e a forma como ele aborda a sustentabilidade. Ambas as escolhas têm impactos ambientais, mas também oferecem caminhos para a redução desses impactos, seja por meio da leitura de uma grande quantidade de livros digitais para compensar a pegada de carbono do dispositivo, seja optando por livros físicos usados ou compartilhados, reduzindo assim a necessidade de produção de novos exemplares.