Há dez anos, o voo MH370 da Malaysia Airlines desapareceu sem deixar rastros, levando consigo 239 pessoas e tornando-se um dos maiores mistérios da aviação mundial. Em uma reviravolta recente, a esperança de desvendar esse enigma ganha novo fôlego com a possibilidade de retomada das buscas no sul do Oceano Índico.
Desde o desaparecimento do Boeing 777, que estava a caminho de Pequim vindo de Kuala Lumpur, vários esforços foram feitos para localizar a aeronave. Uma busca inicial em 2014 cobriu uma vasta área de 4,5 milhões de quilômetros quadrados, mas não obteve sucesso. Mesmo após o encerramento oficial das buscas em 2017, o paradeiro do MH370 continua um mistério, apesar de alguns destroços terem chegado à costa leste africana e às ilhas do Oceano Índico.
Em uma reviravolta promissora, o ministro dos Transportes da Malásia, Anthony Loke, sinalizou que a empresa de robótica marítima Ocean Infinity, baseada no Texas, poderá apresentar uma proposta para uma nova operação de busca. A empresa acredita que os avanços tecnológicos desde a última busca oficial aumentam as chances de localizar a aeronave. A Ocean Infinity planeja utilizar uma frota de veículos submarinos autônomos que oferecem resolução aprimorada, podendo reduzir significativamente a área de busca, com a possibilidade de expandi-la se necessário.
A área foco da nova busca encontra-se a cerca de 4 mil metros de profundidade, onde as temperaturas da água oscilam entre 1°C e 2°C. Essas condições, juntamente com as baixas correntes do local, sugerem que o campo de detritos pode estar relativamente intacto, mesmo depois de uma década. Se a busca for bem-sucedida, não apenas trará um fechamento emocional para as famílias das vítimas, como também oferecerá respostas a milhares de pessoas globalmente envolvidas e interessadas neste caso.
O anúncio dessa potencial reviravolta nos lembra que, na interseção entre determinação humana e tecnologia de ponta, até os mistérios mais indecifráveis podem estar a um passo de serem resolvidos.